segunda-feira, dezembro 08, 2008

quinta-feira, setembro 25, 2008

os Sem nome

Ouço muitas vezes chamarem a esta geração, a geração sem causas (sem PGA´s nem 25 de abris), mas queria chamar a atenção para uma situação que me parece muito mais premente: esta geração vive uma geração sem nome. Passo a explicar: quem nasceu nos anos 60, teve os anos setenta e oitenta como apogeu. Apogeu cultural, de memória imaginada. Quem como eu, da colheita dos oitenta, depois dos anos noventa, passa neste momento a vida por uma década à qual não sabe que nome chamar. Não tem nome, não surge o nome, e uma década sem nome, é quase uma década de obscuridão. (dêm-lhe nome para que não se perca no inferno).

"nos anos noventa é que era!", ouço por vezes mas não sei como hei de chamar a esta década. e não vejo solução nem o governo empenhado em estudar a situação.

seguem-se os anos dez. anos dez? não soa bem, não soa bem... faltam 12 anos para os anos 20. e aí já teremos nome na década.
e quando nos quisermos referir aos anos 20 do séc. XX teremos de dizer "mas os anos 20 do séc. passado".



o tempo já passou mais devagar.


domingo, agosto 31, 2008




sobre as inundações em louisiana.

                                                                                          ou sobre as nossas inundações.

sexta-feira, agosto 22, 2008






Loja da Prada. Deserto do Texas


Banda sonora:

sexta-feira, julho 25, 2008

Pensar o mesmo que todos os outros

Foto de manifestação popular


Encontrei este recorte de jornal que tinha guardado faz aí uns dois anos.

Aquando da estadia nos nortes, enquanto fingia que lia e percebia o matutino Ekstra Bladet, fumava o cachimbo e estendia-me ao comprido no cadeirão. Eram alturas de reflexão, gozando de um prazeirento ar livre: mão esquerda desfolhando, mão direita fazendo bonecos de neve. Tropical mas ao contrário.

Guardei esta imagem porque se pode falar de uma geografia do humor, e aqui está um exemplo que condensa várias situações numa só. O caústico e o absurdo floresce numas pradarias mais do que noutras.

Esta notícia diz respeito a uma manifestação que aconteceu na Dinamarca. Creio que a propósito da imposição de determinadas taxas. O porquê da manif aqui não é relevante. O que me chamou a atenção foi o dizer do cartaz do jovem da frente. Diz algo como: "eu penso o mesmo que todos os outros".

Cá, já estaria a levar uma bolacha de um tipo da cgtp.

domingo, julho 20, 2008

ouvido em segunda audição.

(ontem à sombra das árvores na alameda afonso henriques)


Luísa - Talvez uma merenda

Carlos - Um lanche?

L - uma merenda. ou caracol?

C - um napoleão?

L - não, um jesuíta.

C- Luísa...

L - Carlos.. tenho de ir embora.

C - Certo certo. nunca chegamos ao bolo.

L- talvez noutro dia possamos passar um dia inteiro a ver a vitrine inteira da pastelaria.

..

L - Adeus.

C - Luísa. quando chegares pôe na Faixa 3 do album Hard day´s night.

(luísa foi-se. flores na sua cabeça. árvores inclinadas)

ouvido isto, afastei-me do casal.

meti-me no metro rápido. a minha cabeça balbuciava possibilidades: o hard day´s night tem vários e dispares temas. desde o reivindicativo can´t buy me love passando pela preguicite domingueira romântica de um "and i love her"

quando cheguei a casa procurei o album.



encontrei a faixa 3.



parece-me então que o carlos é um gajo com dúvidas. tenho de voltar à alameda.

domingo, julho 06, 2008

esta é para ti.

norman bambi - dominos summer

quarta-feira, junho 25, 2008

Farc II

Gosto muito de ir às farc, porque lá encontro tudo: os dvd´s, os livros, os cd´s e tudo no mesmo sítio! também já tentei ir trabalhar para as farc, mas nunca me chamaram. das coisas que mais gosto nas farc é poder ler as coisas sem ninguém me chatear. às vezes vejo lá concertos de grátis. outras, quando me engano a entrar, prendem-me como refém sem razão aparente.

As Farc


Aqui dever-se-ia encontrar um longo artigo sobre as Farc colombianas e sobre os movimentos de resistência militar sul-americano. A abordagem ao assunto deixou-me no entanto algo perdido. São assuntos abrangentes, com tentáculos longos e pouco claros. Não gostando de pisar terrenos pantanosos e tendo em conta toda a complexidade dos sistemas militares formais e dos possíveis pontos de contacto com este denominado movimento guerrilheiro, decidi então iniciar-me e focar num ponto crucial de qualquer cerimónia militar:




a revista às tropas.




Guerrilheira das Farc

domingo, junho 08, 2008

50 ways to leave your lover

A carta de rejeição.

não sei bem como nem porquê, deparei-me com este texto algures no ciber-espaço (ho...que saudades destes palavrões dos anos 90). é uma espécie de como de levar de vencidas as dificuldades da vida. com estilo.

Achei por bem replicá-lo aqui.





The Ultimate Rejection Letter

Herbert A. Millington
Chair - Search Committee
412A Clarkson Hall, Whitson University
College Hill, MA 34109

Dear Professor Millington,

Thank you for your letter of March 16. After careful consideration, I
regret to inform you that I am unable to accept your refusal to offer me
an assistant professor position in your department.

This year I have been particularly fortunate in receiving an unusually
large number of rejection letters. With such a varied and promising field
of candidates, it is impossible for me to accept all refusals.

Despite Whitson's outstanding qualifications and previous experience in
rejecting applicants, I find that your rejection does not meet my needs at
this time. Therefore, I will assume the position of assistant professor
in your department this August. I look forward to seeing you then.

Best of luck in rejecting future applicants.

Sincerely,
Chris L. Jensen

domingo, junho 01, 2008

de arrepiar


Karen Dalton "it hurts me too"

o louro mostrou-me isto. cuidado, cuidado. a posologia é clara quanto aos blues: 1 ao acordar, um ou outro após as refeições e em casos especiais e com calma ao anoitecer. são conhecidos efeitos secundários.

terça-feira, maio 27, 2008

eu não devia

eu não devia ficar um bocado melancólico quando ouço certas bossas-novas. não devia. afinal de conta eu nunca estive em copacabana. nunca andei pelo paredão, não passei no ipanema, nunca atravessei a rua Nascimento silva cento e sete. nunca fui a um fla-flu. não fui ao cristo redentor nem ao pão de açucar. não fui ao maracanã. nem fui à favela. mas sofro um bocado com os lamentos desta gente. noutra vida devo ter lá andado.


"Carta ao Tom 74"

Rua Nascimento Silva, cento e sete
Você ensinando prá Elizete as canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz, ai que saudade, Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria este Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela e além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor


Rua Nascimento Silva, cento e sete
Eu saio correndo do pivete tentando alcançar o elevador
Minha janela não passa de um quadrado, a gente só vê cemento armado
Onde antes se via o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com a natureza
É melhor lotear o nosso amor

sexta-feira, maio 16, 2008

Estórias e lendias do Rock an ró #1

Bob Dylan - Rainy Day Women



" Late one night Bob asked the Nashville band he was playin with "what do you guys do here?" and they replied "beer". Bob told them he had a new song but the refrain was "everybody must get stoned" and he refused to record the song with straight people so he sent Ed Gazzar to Irelands bar and he came back with a huge leprechaun cocktail for everyone in large milk shake cartons. Joints were passed arround and everyone was wiped out. On the original recording McCoy put a call thru to Wayne doc Butler who brought his trumpet down to the studio. The other musicians all swapped instruments which resulted in that raggy marchign band sound. Strzelecki gave his bass to al kooper and he played the piano but he couldnt work the pedals with his feet so he had to lay beside the piano and push them with his hands. The voice that you can hear braying with laughter is Strzecki on the piano. After the session in the contol room. Bob was asked "whats the name of this song", "rainy day women #12 & 35" this recording had no rehersals and was released as is."

(fonte: biografia de bob dylan)

quinta-feira, maio 15, 2008

O Vendedor de Soutiens



Há homens que nascem pró trabalho

outros gozam à brava na cama
mas só os vendedores de soutiens
trabalham e vivem da mama



Dick Hard, De boas erecções está o inferno cheio

quarta-feira, maio 14, 2008

The Greatest.

o maior nome de malfeitor dos últimos tempos: Gastão Salsinha

sábado, maio 10, 2008

quarta-feira, maio 07, 2008

A Masculinidade . Parte I

Para se ter acesso aos grandes mistérios da masculinidade humana, pode-se ler os tratados, os trabalhos, os estudos, estudar a história, a cultura, fazer entrevistas, ler romances, ver novelas, ver teatro, ver cinema, ouvir radionovelas, ver novelas, observar pessoas, dissecar conversas, ouvir os psicólogos, ouvir os antropólogos, ouvir os sociólogos, ouvir os criminologistas, ouvir a vizinha do 3º esquerdo, ouvir o relato, ler A Bola, ver televendas, conhecer a mãe.

em alternativa a tudo isto pode-se ver um trecho de um episódio de Seinfeld chamado:

"The Switch"


domingo, abril 13, 2008

temos mesmo que ter liberdade de expressão?

uma nova abordagem à manifestação. esse pulsar de ideiais sociais...


Adeptos de 'tuning' criticam vazio na lei
SUSANA LEITÃO

Adeptos de 'tuning' criticam vazio na lei
Movimento espera publicação desde 2005 A paixão pelo tuning começou com um simples volante, que viu numa exposição de automóveis. A partir daí, "este amor foi crescendo" e Marco Oliveira foi alterando o seu Renault Laguna. "São apenas alterações estéticas", garantiu ao DN. Pára-choques, jantes, interiores e outros pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Os custos deste "modo de estar na vida", como prefere chamar-lhe, recusa-se a contabilizar: "Muitos, muitos e muitos euros", admitiu, às gargalhadas. "Agora falta só publicar a regulamentação prevista desde 2005 para que possamos andar legais", reivindicou ontem em Lisboa, juntamente com algumas centenas de adeptos desta modalidade.

A pé - os carros ficaram fora da marcha -, munidos de apitos, faixas, buzinas e até sirenes a imitar as da PSP, mostraram-se confiantes em ganhar a batalha. E não têm dúvidas de que hoje as pessoas sabem bem a diferença entre o tuning e o street racing. "É uma comparação absurda. Não temos nada a ver com esses actos marginais [as corridas protagonizadas pelos street racers] ", defendeu Alexandre Tomás, do Movimento Tuning Legal Já, organizador da manifestação. Entretanto, a União Portuguesa de Tuning garante estar disponível para dar às autoridades informações sobre o tipo de pessoas e os locais onde se realizam corridas. A Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, é um dos locais.

O Código da Estrada, em vigor desde 2005, estipula que a transformação das características técnicas dos carros "é autorizada nos termos fixados em regulamento". O problema é que a regulamentação nunca foi publicada, criando um vazio legal e permitindo "a perseguição ao tuning", alertam. "Estamos à espera desde 2005 que a regulamentação prevista para o tuning seja publicada em Diário da República".

E quem pensa que esta paixão é exclusivamente masculina, desengane-se. Que o diga Vânia Domingos. Enquanto conduzia o carrinho de Mariana Janeiro, de 20 meses, gritava com convicção. A pequena adepta ainda andava na barriga e já "sabia o que era o tuning", diz orgulhosa. Em casa ficou o Rodrigo, de quatro anos, também adepto: "Não têm medo nenhum, adoram a música no carro", confessa. Não lamenta os mais de 15 mil euros que gastou no Honda Civic e no Renault Clio que mandou transformar e promete mesmo modificar mais "assim que a regulamentação for publicada. Nem penso duas vezes". A confusão entre quem altera o carro por estética e quem o modifica para ter mais potência já levou Vânia a ser multada "várias vezes. Ainda ontem a Brigada de Trânsito me mandou parar por causa dos vidros fumados", lamenta.

domingo, abril 06, 2008

segunda-feira, março 31, 2008

"tens de te focar numa coisa francisco"

na sequência do périplo pelos anúncios de emprego, dei por mim entusiasmado a ver em anúncios da mais variada espécie e áreas. um deles, que dei por mim a clicar, clamava por "técnicos de desinfestação". e o pior é que durante aquela fracção de segundo, cliquei entusiasmado.


aí disse: "alto lá..." foi quando comecei a ouvir aquelas vozes familiares na minha cabeça: "tens de te focar francisco, para lá de dispersar".

era bom. porque me imaginava a matar bichos. e um trabalho desses é de sonho.

(pelo menos até aos 8 anos)

comerçiais com comiçoes

"
31/03/2008 precisa se de comerçiais de telecomunicaçoes com boas comiçoes ( Todas as Zonas )"


será que esta coisa de ser "comerçial" dá "comiçoes" nalgum lado? e tem de se já vir com as "comiçoes"? eu já tive comiçoes mas depois passou-me felizmente.

quinta-feira, março 27, 2008

Eu recomendo

Noi Albinoi
de Dagur Kari, 2003.

um filme onde tropecei. num tombo feliz.

o trailer aqui:

terça-feira, março 25, 2008

Melancolia Instantânea

receita para melancolia instantânea:

clicar aqui:


e depois aqui:
Paris nuit

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

a genialidade no momento laboral.

- que tipo de tarifário deseja?

(cliente) - ....humm.... um de carregamentos aleatórios.




apesar de meramente se ter enganado na palavra que utilizou, disse uma enorme verdade: as companhias de comunicações móveis sabem bem do ritmo de carregamentos dos telemoveis dos clientes, e esse se fosse demonstrado visualmente apresentaria um aspecto aleatório. ao sabor dos acontecimentos. talvez com picos em princípios de mês, mas ainda assim imprevisivel.

por isso é que as políticas comerciais vão no sentido de transformar os clientes em modos de facturação, pós-paga, que os faça com que mensalmente e certinhos recebam a factura para pagar. sem surpresas. e com ordem. para que haja previsibilidade no deve e haver das contas das companhias. é, neste sentido, contra os carregamentos (no fundo uma factura pré-paga). é contra a escolha do cliente. é no fundo, contra os carregamentos aleatórios.

as mesmas companhias que vos tentam associá-las aos momentos emocionais, irracionais positivos e fortuitos da vida como um golo ou uma paixão, tentam racionalmente eliminar esse factor no que diz respeito à parte da vossa contribuição em numerário e que esta se torne bem racional e nada fortuíta....

estão no seu direito mas..

estejam atentos às vossas contas.









e agora... variedades:


The Beatles - the night before

domingo, fevereiro 17, 2008

1967





- Martin Luther King discursa contra a guerra no Vietname



- a M16 é adoptada como a arma do exército norte-americano



- Che Guevara é capturado e morto pelas tropas bolivianas



- o Celtic de Glasgow ganha a taça dos clubes campeões europeus


















- Jimi Hendrix lança "hey joe"






terça-feira, fevereiro 05, 2008

haaaaaa a nostalgia. ráisparta.

Há precisamente dois anos estava nesta cidade aqui à esquerda e mascarava-me de slot-machine. (ou o homem dentro da caixa de cartão com manivela). Incontáveis as viagens de bicicleta por estas ruas do centro de Aarhus, aqui com a universidade em grande plano e o porto em fundo.
(para dizer a verdade, foram 324.) as memoráveis aulas de linguística eram mesmo aqui
<----
banda sonora em vigor:"she is electric"
Aarhus - "The World´s Smallest City"



e claro, na altura não havia internet nem telemóveis e as crianças brincavam na rua e sujavam as mãos. a televisão só tinha 2 canais e viamos todos o Agora Escolha a toda a hora. Todos tinhamos sarampo e varicela várias vezes ao ano e os nossos passatempos favoritos era partir pedras com a cabeça.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Blues #2

uma pequena adenda ao post anterior:




Guilty - Blues Brothers

(felizmente na adolescência (ho anos 90 o que haveis feito à tua geração), as camisas xadrez não assentavam... Benditos compactos antigos, miseráveis, que mostraram outra maneira de sublimar que não a habitual auto-mutilação da xonice seattleira).

"(...)
you know how it is baby
you know i just can´t stand myself

it takes a whole lotta medicin darlin´
for me to pretend
that i am
somebody else."

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Os blues mais miseráveis do mundo.

Ontem, na ânsia de ouvirmos uns blues fodidos, eu e o Louro, deslocámo-nos ao catacumbas, na expectativa de exorcizar as grandes questões existenciais da (nossa) vida humana entre as quais se contavam inúmeros desaires amorosos, mas acima de tudo a insistência de camacho em nuno gomes - por parte do louro -, e a não utilização de raul meireles como centrocampista para aparecer nas costas dos avançados (angustia pessoal).


Como grandes apologistas e criadores de miséria e decadência (modéstias à parte...), ficou-nos a saber a pouco os rapazes que fomos ver tocar. Aqueles blues eram demasiado alegres, ruidosos, com demasiados solos. E as guitarras caras demais. Em vez de nos mandar abaixo, deixou-nos levemente na mesma, quiçá mais alegres. Um Fracasso.

No percurso de volta, lançámo-nos mutuamente e em quase simultâneo o repto:

quais são os blues mais miseráveis ?

onde se pode encontrar tristeza e desespero humano que seja suficiente para receber este tão malogrado título? Qual é o aglomerado de notas musicais que desce até ao pantâno da desgraça e ainda escorre pela sarjeta da infelicidade ?


Hoje, quando sentado no meu biombo mágico em pleno horário laboral (meu deus, como trabalho), propus-me então a responder ao temível e miserável post do louro

Verifiquei então que conseguia compilar não um, mas um trio infernal, capaz de ombrear com a imponência de um qualquer mensageiro da desgraça.De um Profeta do Fim do Mundo. Uma Lista digna de um buraco cheia de cobras e cães mortos.

Vamos então ao pódio do infortúnio e solidão humana. a ordem é arbritária. A lama do azar compreende toda a desgraça por igual:


"I Can´t quit you baby"- o clássico de Willie Dixon - Quando um homem assume o desespero e lança uma frases destas, estamos perante a impotência feita canção. Quando ele a completa com letras como:

"When you hear me moaning and groaning,
you know it hurts me deep down inside"

atinge-se então o desespero em forma músical. O fundo do poço. Aqui numa versão terrífica de Otis Rush. Ar de velório em todos os músicos. Olhos tapados com lentes escuras. Arranjos soturnos. Peço especial atenção para o ataque inicial da voz, e para o ar pesado e infeliz da plateia quando no fim Otis termina a canção com um acorde seco e curto. corações ao pé da boca.Os Blues não perdoam.Ver Aqui.



- "It serves me the right to suffer" - John Lee Hooker. - O Título dá o mote para a desgraça. a virgula faz o resto: (..), it serves me the right to be alone" . Aqui ficamos a conhecer a mítica prescrição (que deu origem a outros blues) passada a john lee h: "milk, cream and alchool". Por aqui.



- "Call it Stormy Monday (But tuesday is just as bad)" T-Bone Walker - Graças a este tema os blues passaram a ter o seu próprio calendário: A semana terrivel. Segunda de desgraça, terça ainda pior, e por aí fora. ao que consta ao domingo há um descanso: "(..) sunday i go to church/that´s when i get down on my knees/ and i pray". isto para os crentes. depois recomeça a desgraceira. isto de ser bluesman é lixado. Aqui interpretado pelo sr Slow Hands Clapton .
Destaque para o Enorme solo, que atinge um climax arrepiante a partir dos 5:19.




ainda não foi desta que ficámos totalmente infelizes...

domingo, janeiro 13, 2008


yael naim - new soul

A mana descobriu esta canção. Merece transmissão aqui em directo e em diferido simultâneo.

por falar nisso já se arranjava alma nova.

e passeios no barco de madeira com um piano flutuante já que deixam pedir..

sábado, janeiro 12, 2008

discurso para um presidente imaginário:

"(...) e precisamos de aumentar os investimentos púbicos!"

domingo, janeiro 06, 2008

Prémio "realmente, as circunstâncias não ajudam"

Ouvido entre passeio na rua garrett:

"é que sou sempre o último a chegar! ...e ainda por cima sou preto!"




video com o alto patrocínio Lourex