aqui há coisa de três anos, por altura do verão, o ávila, cinema entretanto desaparecido, fazia ciclos de cinema a 2 euros o bilhete. era um cinema pequeno. quase familiar. o ecrã com um tamanho de alguns plasmas que vejo hoje na fnac, mas a malta gostava. tinha uma máquina de copos de água (de graça!). era bestial. creio nunca ter visto tanta cinema seguido, nem bebido tanta água. em plena avenida duque de ávila (uma das tremendas avenidas de lisboa)
(pormenor de janela na duque de ávila, de http://lisbonwindows.blogspot.com/)
calcorreávamos eu e a minha amiga, as ruas das avenidas novas para gastarmos os já costumeiros dois euros em filmes de título duvidoso e de origem remota. Acredito hoje que teria uma melhor média de curso se não tivesse passado essas matinês no ávila. Mas por ter passado essas tardes no ávila, acredito hoje, em muitas outras coisas que não acreditaria se tivesse hoje melhor média (por exemplo que era possível ter uma media superior).
O Ávila entretanto fechou ("há dois anos" disse-me a porteira sentada numa eterna mesa do prédio ao lado). Transformou-se em local de culto de igreja cristã com direito a pastor e tudo.
lembrei-me por estes dias do lá visionado dolls. e dos sintomas que este (e outros destas geografias) me provoca.
Dolls
(sem ávila, sem avenida, mas futuramente com metro)