quarta-feira, novembro 28, 2007

telepatia para jesualdo

tirar o stepanov durante uns jogos e meter o pedro emanuel.

ele tem metido água. muita. e a sede parece não lhe passar.

segunda-feira, novembro 26, 2007

She is a Rainbow.

Este princípio de semana, tive de fazer escolhas. Escolhas duras. Escolhas difíceis. Escolhas complicadas. Mas assim foi. Posso partilhar uma. talvez a mais importante no meio de tantas. Havia que recarregar a pen com nova carga musical para uma semana com intensas viagens de metro. Foi uma substituição por substituição. quase para as mesmas posições. Refrescar movimentos. Abrir linhas de passe. Para substituir os Eels, que se portaram muito bem com o seu mais recente álbum blinking lights e other revelations, um substituto de peso: David Bowie. megas e megas dele. porém com coisas dos anos 80. é complicado ouvir aquela utilização dos teclados, convenhamos. ainda assim faz bem o lugar. o Bowie é um polivalente, capaz da canção lenta com sabor heroíco até os terrenos mais avançados de batida rápida. Fá-lo numa passada sublime. Um veterano do jogo. A haver um 11 ideal da música estaria lá. Batido. como número 10 provavelmente. Mas lá iremos um dia com mais calma.
A outra substituição foi mais fácil. Saiu a novata Emiliana Torrini, fresca, fresquinha, a querer mostrar muita coisa e a ser uma agradável surpresa, com fintas, dribles e a querer fazer esquecer na selecção islandesa Bjork (a compatriota que, a meu ver, tem o lugar seriamente ameaçado) . Para o lugar, uns veteranos de peso: os pedras rolantes. E foram estes que em plena passagem da estação de s. sebastião para a do parque tornam a chamar a atenção dos meu débeis e distraídos ouvidos para uma singela canção, onde um subtil e infantil solo de orgão abre caminho para uma explosão de sabores sonoros qual prato de comida indiana auditivo.







e o metro voou.




sexta-feira, novembro 23, 2007

Para uma aproximação ao corpo

às vezes olho-me no espelho e observo-me com atenção. Durante Bastante tempo fixo-me no rosto. Experimentem.

É uma face em mudança. Está sempre em mudança, esteve sempre em mudança e nunca vai parar. Pergunto-me como posso ter sido tantas pessoas.

Debatam-se frente a frente com a vossa cara. Quando o tentam, algo se passa. Passado um certo tempo a pessoa que está diante de vós ganha um carácter exterior. Como uma palavra repetida muitas vezes, principia assim a perda do seu sentido e significado e o princípio da separação entre palavra enquanto grafia, som, e enquanto significado. Ou nas palavras de Saussure, a separação entre Significado e Significante. Experimentem com a palavra amor. Não não não. Experimentem com Cano. Não queiram perder o amor. para já. terão muitas oportunidades futuramente. experimentemos com a palavra cano. Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano Cano cano. e...já não é Cano. passa a ser uma sequência de sons. ca-no. Um ritmo de fonemas. uma amálgama em passagem. Também nós passamos a ser cano após muito tempo de observação. e separamos o cano da água (o trigo do joio?). E é fascinante que o consigamos ser para nós próprios. É um caminho de instrospecção. Quem é então aquele que está no espelho diante do nós ? Pela primeira vez afigura-se o eu como exterior. Podemos então passar a fazer dele o que quisermos. mas desta vez na terceira pessoa. Como o jardel (ver declarações fim de jogo anos 90:"O jardel esteve bem. Fez gol"),esse existencialista, na linha de sartre ou beauvoir mas muito mais eficaz no último terço de terreno. Assim, poderíamos avançar para um principio de teorização do porquê do pouco número de passes de certos número de jogadores e respectivo fuçanço (!), ou do individualismo notório no meio da colectividade feliz: é que quando o jogador segue com a bola passando um e outro e tentando ainda mais uma última finta, é com ele que ele joga, é com o seu eu, é um jogo colectivo muito pessoal. Sem passes falhados, reclamações ou triangulações erradas.

Jardel com o seu Eu era feliz.

domingo, novembro 11, 2007

ele era acólito sim, mas depois felizmente deixou de beber.

segunda-feira, novembro 05, 2007

coisas #1




11h da manhã. pijamas. sala de jantar. uma bola.


Eu - chuta!

Sobrinho - Pega!

Eu - espera um pouco. (tiro a parte de cima do pijama. fico de manga cava)

S- (boquiaberto e quieto) uaaa.. que roupa fixe!